DIVISÃO INTERNA: Grupo de militantes da UNITA protesta contra ACJ
Uma manifestação contra a liderança do presidente do maior partido na oposição em Angola (UNITA), foi realizada ontem, 31 de Maio, e pelo “confronto” verificado entre militantes do partido do galo negro, percebe-se que a questão da divisão ideológica entre militantes ainda não foi superada internamente, considerando que o grupo de militantes responsável pela organização do protesto é contra a aliança de ACJ com algumas figuras ligadas à corrupção no nosso país (os chamados marimbondos), que outrora eram tidos como mau exemplo de governantes.
A UNITA diz que a manifestação foi organizada por “ala samakuvista”, que é o grupo de militantes que apoia o Ex-Presidente Isaías Samakuva, e tem como interesse defender a ideologia MUANGAI, que está a ser “combatida” por ACJ, que optou por impor uma nova cultura ideológica na UNITA, que passa por criar alianças com figuras angolanas que tentam escapar do combate à corrupção.
“Adalberto, fora, fora, , fora, , fora, , fora, , fora…”, foram com essas palavras, que aproximadamente 100 militantes protestaram na manhã da passada quarta-feira, 31, na Vila de Viana, em Luanda, contra a liderança de Adalberto Costa Júnior, actual presidente da UNITA.
O protesto que teve no comando militantes da UNITA, na sua maioria ligados à JURA, foi confrontado por um outro grupo de militantes – por sinal da “ala de ACJ”, que não concordaram com a manifestação e atacaram física e verbalmente os seus “compadres” da “ala samakuvista”.
Abílio Kamalata Numa, secretário nacional dos Antigos Combatentes da UNITA, afirma que os verdadeiros militantes da UNITA, não vão permitir que “militantes mimosos manchem a imagem da UNITA“… e que, “duras medidas serão aplicadas contra os militantes que continuarem a criar instabilidade interna“, deixando clara a ideia de uma democracia deficiente na UNITA. Por outro lado, o mesmo afirmou que é de domínio da liderança do partido do galo negro o envolvimento de altas figuras da UNITA na organização destes protestos, na tentativa de “combater” actual liderança.
Por: Abel Martins