A não aceitação da derrota e a “qualidade dos deputados” da UNITA

Quando um candidato a deputado pela lista da UNITA diz “estamos preparados para não deixar o MPLA subverter a vontade popular”, exortando o povo angolano a rebelar-se no Palácio da Cidade Alta, se a UNITA não ganhar, é uma inequívoca demonstração da “qualidade” dos candidatos a deputado que esta UNITA de Adalberto Costa Junior escolheu para representar o povo angolano.
É importante que a UNITA saiba que não se pode confundir alguns apoios e “likes” nas redes sociais com “vontade popular”.
As redes sociais não representam metade dos eleitores se quer.
A rebelião não é o melhor caminho para se reivindicar uma eventual fraude eleitoral.
A UNITA devia é estar mais bem preparada para controlar, da maneira mais eficaz, os resultados das eleições, coisa que foi incapaz de fazer com o senhor Adalberto Costa Júnior à frente do escrutínio no Sovsmo em 2017.
E, estranhamente, ACJ nunca publicou os resultados da contagem paralela que a UNITA fez em 2017. E porquê? Os emocionados não questionam estas coisas porque pensam pouco.
Esses discursos da “liderança” de Adalberto Costa Júnior e de Abel Chivukuvuku de se conquistar o poder a qualquer custo, quando Abel Chivukuvuku também mostrou a sua incompetência na legalização do PRA-JÁ SERVIR ANGOLA, introduzindo Bilhetes de Identidade em processos, sem se cumprir a lei, é perigosa.
Deviam é estar preocupados com a sua “organização”.
Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku não podem pensar que Angola gira em torno deles, porque não é verdade.
1992 não foi um bom exemplo para os angolanos.
Morreram muitos filhos desta Pátria.
Eu não acredito que os órgãos de Defesa e Segurança deste país vão deixar haver subversão pública, pois é seu papel manter a ordem pública e defender a soberania de Angola.
Receio que alimentar outra vez a ideia do “vale tudo” se a UNITA perder, como aconteceu em 1992, seja uma irresponsabilidade, que só poderá levar, eventualmente, à morte de angolanos emocionados.
As eleições devem ser ganhas nas urnas.
Os próprios instigadores da rebelião e subversão popular, no fim das contas, estarão sempre aí bem protegidos – porque depois de reclamarem vão tomar posse na Assembleia Nacional e vão receber novos carros -, a comer do bom e do melhor, com bons subsídios que recebem do Parlamento (é por isso que ACJ já é presidente da UNITA, tem um salário eterno de falso general das FAA, mas não larga o Parlamento para receber mais e mais e que se lixe o povo angolano) e a fazer sempre jovens emocionados de carne de canhão.

POR: Carlos Alberto (Jornalista e Director do Portal “A DENÚNCIA”)

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