Chivukuvuku prepara golpe contra Adalberto

Faltando poucos dias para as eleições gerais, acentua-se o clima de instabilidade e desconfiança na liderança da UNITA. Depois dos áudios polémicos que vazaram nas redes sociais, surgiu um vídeo onde Abel Chivukuvuku afirma ser o líder efectivo do partido do galo negro/branco, acima de Adalberto Costa Júnior.

O fracasso do projecto político denominado “PRA-JÁ SERVIR ANGOLA”, liderado pelo antigo militante da UNITA, Abel Chivukuvuku, que regressou recentemente ao partido para “recuperar” a posição de liderança que actualmente está sob gestão de Adalberto Costa Júnior, que de acordo com as declarações de Abel Chivukuvuku: “há um grupo de altas figuras da UNITA que não quer Adalberto a comandar o partido”, justificando assim o seu regresso, que nos últimos tempos despertou a atenção de ACJ pela negativa.

O histórico de “traição do partido” associado ao político angolano (Chivukuvuku) não é um factor que passa despercebido, tendo em conta que sobre o mesmo já pesaram acusações de suspeitas de traição, ainda no tempo da liderança de Jonas Savimbi, quando Chivukuvuku fez aliança com figuras ligadas à determinadas organizações internacionais que “espiavam e tinham interesses em dominar Angola”, motivados por alguns contratempos, tendo em conta que os termos das negociações com Jonas Savimbi não eram agradáveis, tendo estes sido “obrigados” ao recurso à uma aliança secreta com Abel Chivukuvuku visando a substituição de Savimbi, que oportunamente analisou os sinais e desconfiou do comportamento de Abel Chivukuvuku, tendo consequentemente cortado o acesso deste aos activos informacionais importantes do partido, do mesmo jeito que hoje, fruto da mesma desconfiança, ACJ limitou o acesso de Chivukuvuku aos planos estratégicos da UNITA, que encontra-se a viver uma crise interna, onde se destacam a divisão de ideologia, aceitação da liderança de ACJ, perseguição de militantes e outros.

O regresso suspeito de Abel Chivukuvuku à UNITA surpreendeu, não só uma boa parte dos militantes do partido, como também a sociedade angolana, uma vez que o mesmo, durante a campanha que realizava visando as eleições gerais de 2017, pela CASA-CE, intitulava-se como um dos maiores activos da história da UNITA, estando apenas abaixo do “eterno líder” Jonas Savimbi, e que um dia voltaria para “organizar” a casa (UNITA), tendo em conta que sempre considerou como “passageira” a sua ligação à coligação CASA-CE, sublinhando que o seu maior objectivo passa por assumir a UNITA na hora certa, e hoje, pelo que se tem acompanhado, fica visível e pretensão de Abel Chivukuvuku assumir a UNITA, aproveitando a crise que o partido vive, bem como a aliança feita com altas figuras do “galinheiro” que apoiam secretamente a substituição de Adalberto por Chivukuvuku.

Pelo que se tem acompanhado durante a campanha eleitoral da UNITA, a ligação entre Adalberto e Chivukuvuku já não é saudável, e tudo indica haver uma “luta pelo brilhantismo individual”, estando Chivukuvuku atento às oportunidades de ganhar a simpatia dos militantes da UNITA, o que muitas vezes tem sido destacado pelos discursos de Abel Chivukuvuku em línguas nacionais, ganhando assim vantagens sobre ACJ, que por ser de origem estrangeira, não domina as línguas nativas de Angola e não consegue uma “interacção original” com a população afecta à UNITA, que cada vez mais vai mostrando maior simpatia durante as intervenções de Chivukuvuku.

Com o vazamento dos áudios e agora do vídeo, alguns militantes da UNITA estão a usar as redes sociais para apelar a expulsão imediata de Abel Chivukuvuku da UNITA, por alegada pretensão de traição do partido, enquanto outros defendem que é de um líder como Chivukuvuku que a UNITA precisa para manter viva a ideologia MUANGAI de Jonas Savimbi, tendo em conta que a actual UNITA liderada por Adalberto tem sido conduzida fora dos padrões tradicionais da UNITA.

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