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Discurso de ACJ não surpreende eleitores e faz o líder da UNITA perder popularidade

A expectativa dos militantes, simpatizantes, amigos da UNITA e da sociedade angolana caiu em ” águas de bacalhau”, na medida em que esperavam ouvir do líder do partido do ” galo negro” uma coisa nova no seu discurso de cumprimentos de Ano Novo.

Como sempre, Adalberto Costa Júnior não disse nada de novo, e “perdeu” a soberba oportunidade de explicar aos angolanos, por intermédio da imprensa nacional e estrangeira, no quadro da transparência que a UNITA diz defender, se como este partido conseguiu sacar” 250 milhões de kwanzas do Banco Internacional de Crédito ( BIC), sem cumprir as formalidades que se impõe para obter um crédito daquela dimensão.

Mas, Adalberto Costa Júnior sabia que a justificação não convenceria os angolanos e preferiu ignorar este assunto que está a mexer com a sociedade angolana nos últimos sete dias.

Desviando a atenção, ao invés de fazer um balanço do ano findo da sua UNITA e perspectivas para este novo ano, refugiou-se naquilo que foi dizendo ao longo do ano de 2021: críticas descabidas contra o Governo, contra o Presidente da República, João Lourenço, para não variar, voltou a falar sobre o desemprego, fome, Covid-19, desempenho da Comunicação Social estatal nas coberturas das actividades do seu partido, etc, etc.

Adalberto Costa Júnior centralizou o seu discurso analisando o que disse o Presidente João Lourenço na entrevista colectiva que deu na Quinta-feira a cinco órgãos de imprensa nacional e estrangeira. Não é isso que os angolanos esperavam da comunicação do líder do principal partido político da oposição, mas sim falar sobre o que pensa a UNITA, o seu líder e apontar possíveis soluções dos problemas que identificaram ao longo do ano transacto, tendo em conta a responsabilidade deste partido político.

Adalberto Costa Júnior devia saber que o Presidente da República respondeu perguntas que lhe foram feitas e não deu nenhuma conferência de imprensa, em que, regra geral, este género jornalístico permite que o “conferencista” faça primeiro a introdução e, seguidamente, os jornalistas fazem as perguntas. Não sendo o caso, perdeu muito tempo ao ler um discurso de dez páginas, baseado em criticas contra o Chefe de Estado.

Isto demonstra que, não fosse a entrevista colectiva, Adalberto Costa Júnior não teria dito nada aos angolanos, ou seja, o pouco que disse defraudou às expectativas, como frisei no princípio.

Fazer colagem entre o MPLA e algumas instituições do Estado, como é o caso do Tribunal Constitucional que a UNITA tenta banalizar como fosse um ” boneco animado”, chegando ao ponto de lhe sugerir o que deve fazer ou nãob em matéria que diz respeito a este partido, isto demonstra um acto de desespero e frustração.

Sobre a disputa das próximas eleições, no que concerne aos candidatos, Adalberto Costa Júnior entendeu mal, pois, João Lourenço foi explicito em dizer que não é o adversário quem escolhe com quem a outra equipa deve alinhar. O Presidente respondeu apenas a pergunta de um jornalista.

Sobre esta matéria, Adalberto Costa Júnior criticou o Presidente da República, alegando que deu a entrevista na condição de Presidente da República e não na do MPLA, que, no seu pensamento, não devia responder.

Mas, Adalberto Costa Júnior devia perceber que o Presidente da República apenas respondeu o que lhe foi perguntado e isto não deve ser encarado como “mistura” de funções, pois era importante esclarecer ou responder ao jornalista.

Em resumo, o líder da UNITA entrou com o pé esquerdo neste ano, porque foi infeliz no seu discurso, que não trouxe nada de novo.

Por: Ismael dos Anjos

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