EXEMPLO DE MATURIDADE POLÍTICA

O actual e o ex-Presidente do MPLA e da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço e José Eduardo dos Santos surpreenderam os angolanos quando foi tornado público que tiveram um encontro cordial aonde ficou transparente a harmonia e coesão entre ambos, contrariando assim aquilo que era passado pela oposição e seus simpatizantes – que disseminavam a ideia de uma “rotura definitiva entre as duas figuras presidenciais” – que dessa forma demonstram maturidade política, união e solidariedade, que podem ser uma mais-valia do MPLA nas próximas eleições gerais de 2022.

Todos sabemos que sobre um mesmo facto as pessoas podem ter interesses e interpretações diferentes. Esta interpretação diferente pode ser explicada pelas crenças e interesses de qualquer índole de cada um!


Vem este texto a propósito da leitura diferente que muitos observadores vêm fazendo a respeito do encontro entre o PR João Lourenço e o ex-PR José Eduardo dos Santos, na residência deste!

Elegemos as observações, de Artur Queirós e Marcolino Moco que circulam nas Redes Sociais.


1- Independentemente de quem seja a iniciativa (do PR ou do ex PR) para a efectivação do encontro, parece-nos razoável que qualquer pessoa de bem aplauda, pois ainda que a visita em questão do PR tenha acontecido no âmbito das Festas de Natal é normal que lhe confiram conotação política.


2- O estranho é que enquanto uns criticavam a falta de contacto directo entre o PR e o ex PR, de cortesia ou para tratar assuntos pontuais, outros agora tentam desvalorizar o recente encontro, provavelmente mesmo desconhecendo a agenda!


3- Marcolino Moco, assim como Artur Queirós, mais do que analistas políticos, parecem dois invejosos ou ciumentos da reunião entre o PR e o ex PR que como sabem são do mesmo Partido, o MPLA.


4- Também é estranho o facto de Marcolino Moco, durante muitos anos, ter sido um crítico acérrimo do Presidente JES, e agora quer revelar-se como advogado deste.


5- Especula-se que a relação entre ambos ficou muito afectada pelos processos judiciais em que alguns dos filhos do ex PR estão engajados, especula-se que o combate contra a corrupção tem sido selectiva. Porém, alguns talvez se esqueçam que o propósito do combate contra a corrupção é do próprio MPLA e não apenas do PR. Outros, por não lhes convir, duvidam da separação de poderes no país.


6- Se o diálogo é aconselhável entre pessoas ou organizações em conflito, muito mais será entre pessoas ou organizações que primam pela sua unidade, vitalidade, estabilidade e cooperação.


7- Cabe aqui a seguinte pergunta: Porquê que o encontro entre o PR e o ex PR, causou inquietação a algumas pessoas como o Dr. Marcolino Moco e Artur Queirós? Uma das razões pode ser o desejo de ver o MPLA degradado e outra razão é a inveja que se apossou deles.


8- A maldade de Marcolino Moco ficou bem expressa, no seguinte parágrafo: “Quando se esperava, porque alguém lançou esta esperança, que JES fizesse uma intervenção correctiva dos rumos a que JLO tem sujeitado o país, complicando o que parece tão fácil, ele, o “anterior”, permanece calado.” Primeiro não é curial que o ex PR venha a público avaliar o trabalho do PR em exercício. Segundo, só os maldosos esperavam uma mensagem “bombástica” do ex PR a detonar a governação do actual PR e a criar instabilidade política. Provavelmente estes maldosos esperavam revelações de segredos do Estado. Esquecem-se que o ex PR é um político muito refinado, magnânimo por natureza, idóneo e responsável.


9- Artur Queirós afirma no seu artigo que “José Eduardo dos Santos foi usado como os colonialistas usavam os prisioneiros de guerra.”, para fazer propaganda de que estavam bem. Fazemo-lo apenas lembrar que o diálogo entre o ex PR e o actual PR foi de mútuo acordo, não foi forçado.


10- Tanto Marcolino Moco, assim como Artur Queirós, pretendendo fazer-se passar de defensores do bom nome e imagem do ex PR, acabam faltando-lhe respeito, pois ainda que fisicamente debilitado, ele tem consciência, sobriedade e lucidez própria.

De resto, Marcolino Moco e Artur Queirós, são daquelas pessoas que não se contentam com diálogos positivos, causam-lhes inveja a amizade, a concertação, conciliação ou reconciliação de outros! Na verdade, o Moco parece um moço em política. Que pena!

Por: António Maria

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: