Certificação dos portos marca XII Congresso dos APLOP
A digitalização e certificação dos portos de língua portuguesa foram os dois temas que mais marcaram o XII Congresso da Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP), que decorreu nos dias 15 e 16 deste mês, na Escola de Administração e Políticas Públicas (ENAPP), em Luanda.
O presidente do Conselho de Administração do Porto de Luanda, Alberto Bengue informou que, no âmbito da digitalização, está prevista a migração da Janela Única Portuária (JUP) para a Janela Única Logística (JUL). Esta mudança, segundo ele, deve-se, dentre várias valências, ao facto de a JUL ser um sistema portuário robusto e mais completo, para alinhar estas infra-estruturas comunitárias.
“A digitalização dos portos e a criação de uma janela única de portas visam reduzir o tempo de desembaraço de mercadorias, diminuindo o congestionamento nos portos, fazendo com que a comunicação entre esses dois processos leve apenas horas e o usuário tenha o seu produto com celeridade”, referiu.
Em Angola, os portos de Luanda e Lobito são os únicos sem papel, o que, segundo Alberto Bengue, está a permitir um processo operacional rápido e eficiente em linha com outros portos estratégicos mundiais.
Em relação à certificação dos portos lusófonos, o presidente da APLOP, Miguel Matabel, acredita que a medida facilita os trâmites dos processos da cadeia portuária comunitária. No seu entender, o sistema de certificação da organização permite uma rápida divulgação da informação entre os membros da comunidade, visto que os operadores emissores e receptores, bem como a entidade envolvida, têm fácil acesso às decisões das autoridades dos diferentes países.
Ao todo, já foram certificados os portos de Luanda (Angola), Maputo (Moçambique), da cidade do Porto e de Lisboa (Portugal) e está em curso a certificação do porto de Mindelo (Cabo Verde). A APLOP certifica os portos com os níveis de bronze, prata e ouro, dentro dos critérios definidos pela organização, como o dos recursos disponíveis, independentemente do nível tecnológico.
Por: Jornal de Angola