Insolvências da gestão do galinheiro

Parte 1

Os abutres autointitulados como pseudo intelectuais de uma lusofonia apodrecida que gravita em Lisboa, Luanda, Brasil e Dubai, está ‘irrecuperavelmente’ inquinada por um jogo de dependências e cumplicidades, algumas delas remotas, outras efémeras, mas sempre assente no calculismo do saque, escravatura e pertença superioridade intelectual e política.
Há uma agitação frenética que se metamorfoseou num ápice, paixões de conveniência estão a dar lugar a desavenças que até implicam integridade física, com os clãs Roque e Soares a arbitrar a partir de Lisboa.
Se é verdade que Manuel Vicente, Kopelipa, Dino, José Maria e até Higino Carneiro ainda facilitem abertura na comunicação onde são influentes, Isabel dos Santos e Tchizé dos Santos têm, agora, ACJ como um charlatão que tomou a UNITA de assalto com Gato e Chivikuvuku, mas que não consegue senão vagas esporádicas em ONG’s suspeitas, com portas trancadas em todos os países e partidos europeus filiados na Internacional Socialista, Democracia Cristã. Verdes e Liberais, assistindo cada vez mais o estreitamento de relações com os Estados Unidos da América e Emirados Árabes Unidos.
A aposta consequente do ódio a João Lourenço, por parte dos marimbondos, é na desestabilização do próprio MPLA, a UNITA é hoje um monte de escombros do passado, já é exígua na sociedade angolana, as fortunas roubadas apostam agora em pivot’s como Rafael Marques, Rosado de Carvalho ou Vítor Hugo Mendes, e financiam o desgaste provocado pelos Bogalhos, Ribeiros Teles, Paulas Roque, e uma parte significativa de políticos e advogados de Lisboa.
Uma coisa é certa, é histórico, estas chagas que engordaram com a institucionalização da corrupção no consulado de José Eduardo dos Santos, é insaciável, quer o Poder a qualquer custo, têm ramificações transfronteiriças infindáveis, e serão sempre um engulho para a governação, esta mudança tardia do PGR adensou mais as trapalhadas que deram instrumentos jurídicos aos saqueadores.

Parte 2

A UNITA está em ebulição e a viver situações extremadas internamente, que além de provocar cisões está a causar deserções e ameaças de integridade física.
Razão? Derrota e falta de dinheiro!
Embalados na venda da banha da cobra de ACJ e Chivukuvuku, e sempre com o aval do profeta Lukamba Gato e do indigente Kamalata Numa, muita gente investiu no folclore, desfilou no carnaval, hipotecou bens, sempre a contar com chorudo retorno que nas suas mentes o Poder proporcionaria. Lukamba Gato até nem quis candidatar-se a nada, andava embriagado com a presidência da Endiama.

Após a derrota das eleições e do alvoroço já conhecido e esbatido, criou-se a expectativa do assalto ao Poder, ensaiou-se repetidas vezes, tentou-se derrubar instituições, foi um tempo em que os mais sonhadores, mesmo familiares de ACJ e outros dirigentes hipotecaram casas para financiarem o sonho cantado pelo Bonga, e agora estão a contas com os financiadores.
ACJ voltou de Lisboa e Roma de mãos vazias, vive dramas familiares consequentes das suas aventuras, e agora esconde-se dos cobradores que exigem pagamentos.
A eleição nacional da JURA vai circunscrever-se a Luanda, não há fundos nem para a papelada, e já há quem proponha transformar o SOVSMO num mercado de produtos regionais para rentabilizar o espaço.
Creio chegada a hora do Presidente da República, não com o Poder da sua magistratura, mas com a autoridade que conquistou interna e externamente, convocar o Conselho da República e colocar em discussão na Sociedade Civil “verdadeira”, o espectro partidário angolano e discutir uma Nova República, é momento, é o tempo de mudar o curso da História, João Lourenço é o homem para liderar esse tempo novo.

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