Partido Comunista Português felicita MPLA e denuncia ingerência Portuguesa em assuntos internos
Partido comunista acusa as forças políticas que estão a contestar o resultado das eleições de não aceitarem “a vontade soberana, livre e democraticamente expressa” pelos angolanos.
O PCP felicitou na sexta-feira o MPLA pela conquista da maioria absoluta nas eleições gerais de Angola e alertou para “as operações de ingerência” feitas a partir de Portugal para destabilizar o país.
Em comunicado, os comunistas felicitaram o partido liderado pelo presidente angolano, João Lourenço, e consideraram que os 51% alcançados pelo Movimento Popular de Libertação de Angola expressam o reconhecimento por parte da população “do percurso histórico e papel fundamental” daquela força política “na conquista da independência, da defesa da soberania e da integridade territorial face à agressão do regime de apartheid”.
Na mesma nota, o PCP “denuncia as operações de ingerência que a partir de Portugal procuram, uma vez mais, promover a destabilização de Angola”, alertando para a tentativa “de colocar em causa o processo eleitoral” por parte da UNITA e de outras forças políticas “perante a sua derrota” e “à semelhança de situações anteriores”.
Na ótica do PCP, as forças políticas que estão a contestar o resultado das eleições “não aceitam a vontade soberana, livre e democraticamente expressa” pelos angolanos.
Segundo os dados apresentados, votaram 44,82% dos 14,4 milhões de eleitores, com 1,67% de votos brancos e 1,15% de votos nulos.
O MPLA arrecadou 3.209.429 de votos, ou seja 51,17%, elegendo 124 deputados, e a UNITA conquistou 2.756.786 votos, garantindo 90 deputados, com 43,95% do total.
O plenário da CNE proclamou João Lourenço — cabeça de lista do MPLA – como Presidente da República de Angola e Esperança da Costa — a número dois – como vice-presidente.
Por: CM Mundo