SOCIEDADE

Mortes por doenças diminuem no país

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, anunciou, este domingo, na cidade do Lubango, que a mortalidade causada por várias doenças reduziu consideravelmente, no país, devido à melhoria da qualidade dos serviços.

Falou-se à margem da inauguração da nova sala da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital Central do Lubango Dr. António Agostinho Neto, disse que a redução da mortalidade resulta de um conjunto de factores, tais como a atenção que o Executivo presta ao sector, sobretudo na prevenção de doenças, cura e na assistência técnica.

Salientou que a construção, reabilitação e apetrechamento de unidades sanitárias do país, com equipamentos de ponta, bem como a formação e especialização de técnicos de Saúde são outros factores que estão a contribuir para a redução da mortalidade.

Afirmou que a redução da mortalidade se deve, também, à humanização nos Cuidados Primários de Saúde. 

“Apesar de termos muitos casos de malária, está a morrer menos gente devido à doença”, assegurou.

Sílvia Lutucuta afirmou que se conseguiu dar resposta a muitas situações, com a intervenção de vários sectores, uma prática contínua e salutar.

“Temos trabalhado com diversos sectores, como é o caso dos ministérios da Defesa e do Interior, bem como o sector privado, o que tem reforçado o combate às grandes endemias, como acontece na pandemia da Covid-19”, indicou.

Reafirmou o compromisso de melhorar os serviços, dar atenção especial e reforçar os cuidados primários de saúde.

Acrescentou que a atenção continua, igualmente, em relação à prevenção e formação de quadros.

A ministra da Saúde reafirmou os ganhos conseguidos pelo sector, na legislatura prestes a terminar. “Durante os cinco anos, tivemos grandes desafios no sector, mas, também, nos orgulhamos dos grandes ganhos conseguidos”, disse.

Sílvia Lutucuta informou que, no que toca aos recursos humanos, fizeram-se os melhores concursos públicos da história da Saúde em Angola, com a admissão de mais de 33 mil novos profissionais. Informou que se aumentou a força de trabalho para 35% no sector da Saúde.

Anunciou que, ainda ao longo deste ano, vai haver um outro concurso para admissão de mais de oito mil profissionais. Avançou que o outro ganho é a formação. “Nunca se formou tantos médicos nas várias áreas como aconteceu nesta legislatura prestes a terminar”, reconheceu, salientando que “demos especial atenção à medicina familiar, como medida de reforçar e melhorar a qualidade dos serviços dos cuidados primários”.

Assegurou que o Ministério da Saúde está empenhado em continuar a dar formação contínua, estando já em curso a especialização de médicos.

Sílvia Lutucuta indicou que, a nível dos cuidados primários, com o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), estão a ser reabilitados e apetrechados, bem como melhoradas as condições de trabalho dos postos médicos e centros de saúde.

Esclareceu que foram desenvolvidos 330 projectos da Saúde e alguns já estão a ser inaugurados, incluindo as duas unidades inauguradas, sábado, na província do Bié, o que perfaz 87 novas unidades sanitárias ampliadas e modernizadas.

“Temos pelo menos seis grandes unidades sanitárias nas província de Luanda, Cabinda e Bié que já dão resposta aos problemas antes resolvidos pela Junta Nacional de Saúde”, esclareceu.

A ministra da Saúde garantiu que a aposta é continuar a trabalhar na melhoria da logística de medicamentos. Sílvia Lutucuta assegurou que o desafio está a ser encarado com muito cuidado.

A ministra da Saúde anunciou que a indústria de medicamentos há-de ser um facto na próxima legislatura.


Hospital Central faz mais de 30 cirurgias/dia

O Hospital Central do Lubango Dr. António Agostinho Neto, na província da Huíla, passa, doravante, a efectuar 35 cirurgias diversas, com a inauguração, ontem, pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, de cinco salas do bloco operatório, reabilitadas e apetrechadas com equipamentos de ponta.

A directora geral daquela unidade hospitalar, Lina Antunes, informou que, com as novas valências, o número de cirurgias aumenta de 20 para 32 diariamente, nas especialidades de cirurgia geral, urologia, ortopedia, neurocirurgia, maxilofacial, otorrino, queimados, entre outras.

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse, no final da inauguração, que as novas valências surgiram depois de o Presidente da República, João Lourenço, ter visitado o Hospital, em 2018, que clamava por tais serviços e condições.

Acrescentou que o processo de reabilitação e  introdução de novas valências no Hospital Central do Lubango Dr. António Agostinho Neto, que vai reforçar a assistência à população da província da Huíla e da Região Sul do país, começou com a criação do Centro de Hemodiálise, que funciona com normalidade e atende dezenas de pacientes.

Sílvia Lutucuta esclareceu que foi, ainda, criada a área de consultas externas e introduzida uma nova valência da consulta de dermatologia e o respectivo serviço.

“Temos, doravante, uma nova Unidade de Cuidados Intensivos com todas as condições e tecnologia de ponta, que vão melhorar a assistência aos doentes críticos”, assegurou.

A ministra da Saúde garantiu que o hospital tem recursos humanos capazes e condições de trabalho para prestar melhor serviço aos utentes.

“Havia um grande problema com os blocos operatórios. Foi tomada a decisão da sua reabilitação, o que permitiu criar cinco salas operatórias bem equipadas, incluindo a ortopedia”, citou.

Sílvia Lutucuta acrescentou que foi possível melhorar a qualidade de serviços naquela unidade sanitária de referência na Região Sul com o empenho pessoal do Presidente da República, que tão logo fez a primeira visita à unidade sanitária, em 2018, tomou a decisão de mobilizar recursos financeiros e outros, para fazer as benfeitorias, visando a melhoria de atendimento.

A ministra da Saúde salientou que foram feitas outras reabilitações na área do banco de urgência e de administração. Outro ganho, indicou, é a área de esterilização criada com boas condições.

De acordo com a governante, todos os elevadores já funcionam no Hospital Central do Lubango.

A ministra da Saúde garantiu que haverá uma segunda fase de obras, que vai contemplar outros serviços.

Durante a inauguração, foi homenageado um cirurgião de nacionalidade russa, que deu parte de sua vida ao serviço do Hospital Central do Lubango, onde faleceu, por doença.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi Dala, deputados à Assembleia Nacional, entre outros convidados.  

Por: JA

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