NACIONAL

Combate à corrupção: órgãos de defesa e segurança alinhados à visão do Presidente da República travam contrabando de combustíveis

“Operação Teia de Aranha” trava Contrabando de combustíveis e revela envolvimento de elementos das forças de defesa e segurança que acabaram detidos no âmbito da política de combate à corrupção “sem favoritismo ou influência” liderada pelo actual Governo.

Reportagem da TPA confirma cumprimento cabal da orientação do Presidente da República pelos órgãos de defesa e segurança quanto à não isenção de responsabilidades legais e criminais de elementos afectos à estes órgãos em caso de envolvimento em práticas de corrupção, destacando nesse caso específico o contrabando de combustíveis, que tem sido um dos crimes mais comuns actualmente, de acordo com a matéria apresentada na referida reportagem.

De acordo com os dados divulgados na reportagem da TPA, o crime de contrabando de combustíveis é praticado em “larga escala”, envolvendo vários elementos que compõem as redes de tráfico, que vai desde grupos formados por cidadãos nacionais, incluindo efectivos das forças de defesa e segurança, contando em alguns casos com a participação de alguns empresários nacionais, igualmente com a participação de cidadãos estrangeiros, que em determinados contextos aproveitam das vantagens de actividades comerciais legais para camuflar os trabalhos directamente relacionados ao contrabando de combustíveis, destacando nesse aspecto as falsas oficinas mecânicas, que na verdade operam no âmbito da alteração de compartimentos nos camiões para que sejam camuflados os recipientes de combustíveis, bem como as empresas de transportes de mercadorias diversas, que muitas vezes facilitam a saída desses produtos além das fronteiras nacionais.

Durante a reportagem, foi igualmente apresentada uma denúncia feita por uma figura anónima que descreveu os esquemas que envolviam os indivíduos associados aos órgãos de defesa e segurança, que normalmente actuavam como facilitadores da passagem dos combustíveis nos postos de controlo até a saída destes além das fronteiras angolanas.

Este é um assunto que poderá trazer mais dados reveladores sobre práticas de corrupção envolvendo indivíduos bem posicionados no aparelho do estado, pois até a data ainda não ficou determinado até aonde vai o envolvimento de figuras ligadas à estes órgãos, porém, já é um bom sinal para o “compromisso com a legalidade” apresentado pelos órgãos de defesa e segurança, que não hesitaram em “aplicar as devidas medidas” sobre colegas com envolvimento nesses crimes, deixando assim a ideia de que a orientação passada pelo titular do Poder Executivo que consiste em “aplicar a lei à todos, independentemente da sua posição na estrutura do estado” está a ser conduzida efectivamente, motivando assim o “não envolvimento em práticas de corrupção“.

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