POLÍTICA

Oficial de justiça extorquiu Kz 50 milhões para soltar empresário São Vicente

A recente descoberta sobre a existência de uma rede de venda e trafico de processos no gabinete do Presidente do Tribunal Supremo, está a dar azo ao surgimento de novas denuncias expondo como os operadores da justiça estarão a tomar proveito do programa de combate a corrupção para praticas de extorsão. Os operadores da justiça estarão a fazer proveito da fragilidade emocional de várias famílias para exigir quantias monetárias em troca da liberdade dos arguidos.

Augusto Tomás, teve a coragem de queixar-se da tentativa de extorsão por parte de um “testa de ferro” do Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo. Manuel Rabelais, é citado como tendo preparado uma exposição ao PR contando  a sua experiência. Há também informações indicando que um assessor do Tribunal Supremo Carlos Salombongo, está  a movimentar se para através do DNIAP desarquivar um processo (No31/22) visando incomodar o general Bento dos Santos Kangamba.

Informações todas elas altamente documentas chegadas ao Club-K, indicam que entre Janeiro á Julho de 2022, um elemento de nome José Maria Tchimbaca que se apresenta como “procurador” aproximou-se a membros da   família do antigo Presidente AAA Activos Carlos de São Vicente, dizendo que este não ria sair tão cedo por representar uma prisão orientada pelo Palácio Presidencial e por outro lado ofereceu uma solução provisória. A proposta  provisória seria soltar o  empresário mas em troca teriam de pagar a quantia de 50 milhões de kwanzas.

Carlos de São Vicente, está preso desde setembro de 2020, depois de ter sido acusado de praticar crimes de peculato, branqueamento de capital e fraude fiscal, por via de um suposto desvio de 900 milhões de dólares da Sonangol.

Entre 2021 e 2022, o estado de saúde de São Vicente agravou-se devido a problemas graves de diabetes e hipertensão. A esposa e os filhos terão se mudado para Portugal por alegadas questões de segurança.

Aproveitando-se do desespero dos  familiares de São Vicente, o alegado procurador José Maria Tchimbaca aproximou-se destes para propor as condições do aceleramento da soltura provisória do empresário, já que estava-se numa fase em que os prazos da prisão preventiva haviam terminado mas os oficiais da procuradoria diziam que faltava apenas uma  assinatura para o soltarem.

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