Ministra pede mais vigilância para travar abusos a menores
A sociedade, especialmente a família, é uma vez mais chamada a redobrar a vigilância para ajudar a combater os casos de violência contra a criança. O apelo foi feito, em Cabo Ledo, município da Quiçama, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU).
Ana Paula do Sacramento Neto realçou que a sociedade deve intensificar as denúncias, face aos constantes relatos de casos de violência contra os menores, para que as autoridades tomem as medidas necessárias à situação.
A ministra avançou que os cidadãos devem estar atentos aos casos suspeitos que ocorrem nas comunidades, no sentido de os culpados serem responsabilizados.
Ana Paula do Sacramento Neto lamentou o facto de muitos progenitores e encarregados de educação fugirem das suas responsabilidades enquanto líderes familiares e deixam que as crianças sejam exploradas.
A governante considerou que os casos de fuga à paternidade e de agressões contra menores são das maiores preocupações das autoridades, motivo pelo qual os seus protagonistas devem ser alvo de denúncias.
A ministra, que falava durante uma actividade de confraternização, designada “Natal Solidário”, em que participaram cerca de 750 crianças dos municípios da Quissama e de Luanda, em que considerou vergonhoso e deplorável o facto de muitos desses casos acontecerem no interior das famílias e cometidos por pessoas próximas.
“O país tem registado com alguma frequência crimes de agressão sexual, física e psicológica na família, o que contraria a cultura do povo angolano”, lamentou, para apelar às autoridades de direito a punir de forma exemplar esses acusados.
“É preocupante que as crianças sejam violentadas permanentemente. Devemos estar mais unidos, seremos mais solidários, voluntários e activistas de primeira hora, para evitarmos que na nossa família, rua, bairro e município aconteça isso”, disse.
A ministra reafirmou o empenho do Executivo na prestação de maior atenção à protecção da criança, com a adopção dos 11 Compromissos, que abrangem a totalidade dos direitos dos menores, entre os quais di-reitos e liberdades civis, am-biente familiar, cuidados alternativos e básicos, ensi-no e medidas de protecção social e criminal.
Lembrou que estão a ser feitos esforços, para que sejam dadas respostas eficazes junto das administrações municipais, a fim de desmotivar o surgimento de novos casos de todo o tipo de violência contra menores, com a execução do projecto “Município Amigo da Criança”.