Macon disponibiliza frota de 90 novos autocarros
A empresa de transportes urbanos e interprovinciais Macon reforça a frota com mais 90 autocarros, para objectivo de garantir maior conforto e celeridade no atendimento dos passageiros, em desenvolvimentos que o secretário de Estado para os Transportes Terrestres, Jorge Bengue, declarou estarem alinhados com desafios do Governo no domínio da mobilidade.
Jorge Bengue afirmou, no acto de apresentação dos novos autocarros, que as expectativas de evolução da oferta de transporte público estão relacionadas com o senso de 2014, que atribui ao país uma população de cerca de 33 milhões de habitantes, tornando necessários investimentos situados à altura da provisão de uma oferta compatível para solucionar os desafios da mobilidade de pessoas e bens.
Sob essa óptica, em que a procura permanece em níveis altos, o sector dos Transportes é uma boa área para fazer investimentos, disse o secretário de Estado, solicitando mais decisões empresariais que, além de levarem à obtenção de rendimentos, solucionem as questões da circulação de passageiros, diminuindo as dificuldades ligadas à escassez de oferta que persistem no mercado nacional.
O secretário de Estado notou que os cidadãos usam mais os transportes terrestres para movimentar-se de uma província para outra. Deste modo, os transportes rodoviários representam os maiores promotores da economia angolana e do desenvolvimento do turismo.
Jorge Bengue chamou a atenção das empresas de transportes urbanos para redobrarem a prevenção de acidentes, por constituir ainda a segunda maior causa de mortes no país.
Nove milhões de dólares
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Macon, o investimento para melhoria dos serviços custou cerca 9,5 milhões de dólares, indicando que, numa primeira fase, apenas 30 dos 90 autocarros são postos em circulação, operando nove rotas domésticas entre Luanda, Sumbe, Lobito, Benguela, Huambo, Bié, Cuando Cubango e Soyo.
Luís Máquina garantiu que, até ao mês de Novembro, chegam ao país mais 40 autocarros e dez camiões para o atendimento de cargas, anunciando que a empresa inaugura, no mês de Dezembro, um terminal de referência na província de Benguela.
A Macon tem 2.240 trabalhadores directos e 500 indirectos, disse Luís Máquina, lembrando que a companhia realiza dinvestimentos desde a fundação, em 2001, para corresponder à “necessidade de melhorar o serviço e o atendimento, que tem sido reclamado por alguns passageiros”, solucionando a questão “dos atrasos e avarias de alguns autocarros durante o percurso”.
Considerou que as estradas “também não facilitam o trabalho”, provocando avarias que até já levaram à suspensão das operações nas rotsa da parte Leste do país, de Malanje para a Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico. Outra situação recorrente, tem a ver como a escassez de peças no país, para manutenção das viaturas.
Maior comodidade nas estradas angolanas de países fronteiriços
A nova frota de autocarros é composta por viaturas da marca Yutong, que oferecem aos passageiros a possibilidade de carregar os seus aparelhos electrónicos com cabo USB, sistema CCTV, telas de entretenimento a bordo, cintos de segurança de três pontos e ar-condicionado.
O presidente do Conselho de Administração da Macon, Luís Máquina, referiu que, no passado, a companhia importava cerca de 100 autocarros por ano, mas, com a crise gerada pela pandemia da Covid-19, a empresa ficou limitada, apesar de transportar, em média, três mil passageiros por dia e um milhão por ano.
Ressaltou que, mesmo numa operação com essas dimensões, as receitas não são satisfatórias, porque muitos autocarros que não circulam de forma esperada. Os preços da Macon são os que o mercado consegue pagar, com o bilhete mais caro, com destino ao Cunene, avaliado em 30.800 kwanzas, e o mais baixo, para o Dondo, no Cuanza-Norte, em 4.300 kwanzas.
Em relação aos acidentes , Luís Máquina considera que a Macon melhorou muito neste aspecto, tendo, actualmente, a média calculada de um por cada 280 mil quilómetros das rotas interprovinciais.
Os casos de fatalidade nos acidentes, assegurou, têm sido salvaguardados por uma empresa seguradora, sendo que não têm casos no tribunal a respeito.
A Macon Transportes SA surgiu em 2001, com 25 autocarros urbanos e 140 trabalhadores. Hoje, depois de 21 anos, possui uma frota de 634 autocarros e camiões que operam nas 18 províncias do país, na República Democrática do Congo e da Namíbia.
Por: CK