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MANIFESTAÇÕES:  Oposição reprova iniciativa da UNITA de ACJ e decide tomar posse

Partidos da oposição deram NÃO à MANIFESTAÇÃO da UNITA, afirmando que não querem criar CAOS no país e sublinham que os interesses pessoais da liderança da UNITA não podem ser colocados acima do bem-estar social, considerando que actos de vandalismo numa fase em que muitos jovens e crianças têm estado nas ruas devido o início do ano lectivo, seriam um perigo extremo a ter-se em conta.

Na passada quinta-feira, 08 de Setembro, horas antes da apresentação do acórdão do Tribunal Constitucional sobre o contencioso eleitoral, a UNITA, FNLA, PHA, PRS, BD e CASA-CE realizaram uma reunião conjunta, onde seriam discutidas as possíveis reacções em torno daquilo que seria a decisão do TC. Na altura, a UNITA propôs a realização de manifestações “ordeiras” em todo país, para contestar os resultados eleitorais. Porém, os detalhes apresentados por Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, eram preocupantes, e de acordo com os demais líderes dos partidos da oposição que estavam na reunião, as manifestações propostas pela UNITA seriam violentas e colocariam o bem-estar social em causa, tendo em conta as cidades a nível do país apresentam uma grande movimentação de jovens e crianças, considerando o início do ano lectivo, e realizar manifestações no formato proposto pela UNITA poderia causar vítimas inocentes. Desse modo, os demais partidos da oposição “viraram às costas à pretensão da UNITA”.

A reunião entre as forças políticas na oposição, apesar de ter decorrido de forma ordeira e produtiva noutros aspectos, vários partidos deram sinais de que não remam para o mesmo sentido quando de manifestações com tendências violentas se trata.

A FNLA, por exemplo, denota satisfação pela conquista de mais um deputado, pelo que poderá, sem muitos rodeios, tomar posse na Assembleia Nacional.

Sabe-se que na reunião, com excepção da UNITA, os demais partidos da oposição apresentaram uma outra a ideia de se manifestar: não tomarem posse, para pressionarem o presidente João Lourenço a uma possível negociação, porém, a UNITA reprovou a ideia e reforçou a sua estratégia que passa por “PARAR O PAÍS E ANULAR AS ELEIÇÕES”, o que não foi bem recebido pelos representantes dos demais partidos, destacando a declaração de BENEDITO DANIEL, do PRS, que fez a seguinte afirmação: “Estamos todos insatisfeitos com o resultados, mas o foco dessa reunião é encontrar soluções pacíficas e que possam trazer algo de bom para o povo, e do meu ponto de vista, realizar actos de vandalismo, atacar instituições públicas, PARAR O PAÍS, não são as soluções mais viáveis, pois isso motivaria a resposta das forças da ordem e causaria uma CONFUSÃO DESNECESSÁRIA… e NÃO É ISSO QUE O PAÍS PRECISA”, disse o Presidente do PRS.

No mesmo pensamento, segundo a nossa fonte, estão o PHA, FNLA e APN (embora a APN não tenha conseguido assento parlamentar) que decidiram abandonar a lógica das manifestações que podem atrasar ainda mais o desenvolvimento do país.

Nesse sentido, apenas a UNITA, Bloco Democrático e a CASA-CE, que perdeu todos assentos parlamentares, apoiam a ideologia de “PARAR O PAÍS COM ACTOS DE VANDALISMO GENERALIZADO”.

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