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Acesso à “terra prometida” (Assembleia Nacional): Membros do “PRA-JÁ” superam militantes da UNITA na lista de 3 províncias

Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku negociaram lugares na Assembleia Nacional (indicação de candidatos em nome da autodenominada FPU), sem que o presidente da UNITA consultasse a Direcção do partido do galo negro/branco, o que gerou um clima de protestos e descontentamento de militantes e altas figuras da UNITA desde que a lista de candidatos foi publicada e remetida ao TC, tendo em conta que alguns militantes foram descartados e perderam a oportunidade de concorrer para os referidos cargos, que até o surgimento da chamada FPU, eram posições dadas como garantidas para os mesmos, que hoje protestam contra ACJ.

As negociações de Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku sobre o projecto FPU não caiu bem no seio dos militantes da UNITA, tendo muito destes manifestados desagrado sobre tal medida, considerando que o partido já tinha “força própria, e não precisava de aliados com interesses financeiros, uma vez que os membros do “PRA-JÁ” têm como meta conseguir lugares na assembleia e beneficiar das regalias, enquanto a UNITA tem uma ideologia própria, que, de acordo com vários militantes, está a ser violada pela actual liderança do partido, que não respeita a democracia interna, e pune que manifesta pontos de vistas contrários, como foi o caso de José Pedro Katchiungo, alto dirigente do partido. 

De a cordo com as declarações de militantes da UNITA em cabinda, a negociação de ACJ e Chivukuvuku passa por colocar à frente das listas da UNITA quadros mais notáveis do PRA-JÁ em cada província, independentemente da falta de domínio da cultura do partido, o que tem deixado muitos militantes insatisfeitos e com sentimento de terem sido injustiçados, tendo em conta que os mesmos trabalharam muito e estão a ser substituídos por elementos alheios ao partido na fase final das campanhas visando às eleições gerais.

A UNITA, principal partido na oposição, situação em que se encontra há aproximadamente 30 anos, e com tendência de aumentar mais 5 anos, tendo em conta a força que o MPLA tem mostrado, o que de certa forma aumenta a probabilidade de reeleição de João Lourenço, cedeu a liderança da sua lista de candidatos a deputados de alguns círculos provinciais a quadros alheios ao partido, sendo na sua maioria indivíduos afectos ao projecto político de Abel Chivukuvuku (PRA-JÁ), fruto das negociações feitas na fase de criação da FPU, situação que não está a ser bem recebida por militantes da UNITA. Essa situação tem merecido muitas reacções negativas a nível interno, tendo alguns membros da direcção considerado “abuso de poder por parte de ACJ” que alegam estar a criar uma “NOVA UNITA” com interferência de figuras ligadas à corrupção em Angola.

De acordo com as reclamações de militantes da UNITA, os principais lugares cedidos à pessoas estranhas ao partido, estão associados a Sampaio Mucanda, que fica com a província do Namibe; João Quipipa Dias, na província do Kwanza-Norte; e Lourenço Lumingo, que encabeça a UNITA em Cabinda.

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