Novo secretário-geral da OPEP em votos de agradecimentos pelo apoio do Governo e do Presidente João Lourenço

O novo secretário-geral da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham Al-Ghais, disse, esta segunda-feira, em exclusivo, ao Jornal de Angola e Rádio Nacional, por telefone, que daqui a dois ou três meses pretende efectuar uma visita a Luanda para agradecer ao Governo angolano e ao Presidente João Lourenço pelo apoio à sua eleição, bem como da importância do país nas decisões da organização.

No primeiro dia do início de funções em Viena, na Áustria, Haitham Al-Ghais disse que Angola e África, no seu todo, são parceiros importantes e que a OPEP vai continuar a privilegiar as decisões em grupo para melhor conduzir o mercado.

“Agradeço muito o apoio do Governo de Angola para a minha candidatura como secretário-geral da OPEP. E o voto unânime que foi feito pelos 13 países membros. Agradeço muito essa posição de Angola, claramente, pela posição do senhor Presidente da República. Angola é um grande produtor de petróleo e um membro importante do mercado, bem como da declaração de cooperação assinada em 2017”, disse.

De acordo com Haitham Al-Ghais, Angola é um subscritor do acordo que posiciona a organização diante dos desafios de se segurar o equilíbrio da oferta e da procura por petróleo.

Quanto aos desafios concretos para Angola, o novo “manager” da OPEP promete abordá-los com mais precisão durante a visita a Luanda, que, neste momento, aguarda apenas por formalização junto do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

“Hoje foi o meu primeiro dia, mas temos muitos planos para aumentar a cooperação entre Angola e a OPEP e com os demais países africanos, para restaurar o equilíbrio que precisamos no mercado petrolífero internacional”, disse.

Nesse sentido, Al-Ghais disse que vai consultar o comité directivo, os ministros e o grupo de governadores, representantes dos países-membros, sobre os estudos, ideias e projectos que possui para Angola e outros, os quais visam o aumenta da produção.

O novo secretário-geral confirmou também para amanhã, a reunião do Conselho de Ministros e dos ministros representantes do grupo OPEP+.

Haitham Al-Ghais é natural do Kuwait e foi, recentemente, eleito por unanimidade ao posto de secretário-geral da Opep, em substituição do nigeriano Mohammed Barkindo, falecido em Julho, por doença, aos 63 anos de idade.


Rússia é aliado vital do grupo OPEP+

Haitham Al-Ghais, natural do Kuwait, iniciou, esta segunda-feira, em Viena, na Áustria, as funções de secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em substituição do nigeriano Mohamed Barkindo, que faleceu, por doença, no início do mês de Julho.

Conforme cita a Reuters, Haitham Al-Ghais ocupava o cargo de director-geral-adjunto de marketing internacional na Kuwait Petroleum Corporation (KPC) e foi governador do país na OPEP.

Após a tomada de posse, o novo secretário-geral disse que a Rússia é um aliado vital para que o grupo OPEP+ tenha sucesso, de acordo com o jornal ‘Alrai’, do Kuwait, a que a Reuters teve acesso.

O responsável afirmou que a OPEP e a Rússia não estão a competir e disse mesmo que o país liderado por Vladimir Putin é “um grande, principal e actor altamente influente no mapa energético mundial”.

A primeira reunião liderada por Al-Ghais acontece a dia 3 de Agosto, amanhã, portanto, onde o grupo deve analisar a decisão de manter a produção de petróleo inalterada em Setembro, mesmo com os pedidos dos Estados Unidos para um aumento.

No entanto, fontes adiantaram à agência de notícias que é provável que seja discutido um aumento reduzido da produção.

Sobre isso, o novo secretário-geral disse que “a OPEP não controla os preços do petróleo, mas pratica o que se chama sintonizar os mercados em termos de oferta e procura”.

Para Al-Ghais, o actual mercado de petróleo encontra-se “muito volátil e turbulento”.

Em relação às recentes subidas dos preços do petróleo, disse não estarem “apenas relacionada com os desenvolvimentos entre a Rússia e a Ucrânia”, pois “todos os dados confirmam que os preços começaram a subir gradual e cumulativamente e antes do surto da evolução russo-ucraniana, devido à percepção prevalecente nos mercados de que existe uma falta de capacidade de produção excedentária, que se limitou a poucos países”.

Apesar do conflito na Ucrânia, o factor que o novo secretário-geral aponta como o responsável por afectar os preços do petróleo, até ao final do ano, é “a contínua falta de investimentos no campo da perfuração, exploração e produção”.

“Isto empurrará os preços no sentido ascendente, mas não podemos determinar o nível que vão atingir”, concluiu.

Por: JA

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