ACJ quer “eliminar” Pedro Katchiungo e David Mendes

Parece que a ousadia em desafiar o presidente do partido do galo negro/branco, ACJ, não seja boa ideia, tendo em conta o histórico quanto às medidas de “eliminação de adversários” que o mesmo tem optado, como foi o caso de Raul Danda, que o desafiou na liderança da UNITA e acabou morto por causas suspeitas, assim como Rui Galhardo, que denunciou várias irregularidades na liderança de ACJ, inclusive alguns crimes cometidos pelo presidente do partido. Ambos morreram de causas semelhantes e suspeitas, tendo em conta a “guerra” que travaram com ACJ. Recentemente, uma fonte confirmou que os próximos alvos de ACJ poderão ser David Mendes e José Katchiungo, ambos tido como adversários de ACJ, que os acusa de serem os promotores da manifestação feita por militantes da UNITA junto ao TC, que protestavam pela lista de candidatos do partido remetida àquela instituição.

O presidente Adalberto da Costa Júnior orientou a criação de um grupo para assassinar os Deputados da e na Unita, José Pedro Kachiungo e David Mendes, depois da manifestação realizada por militantes da Unita próximo do Tribunal Constitucional no dia em que o partido apresentou as assinaturas para concorrer nas eleições de 24 Agosto, ficou claro para um número restrito de militantes da Unita, que afinal o Velho Jonas não foi o único culpado dos assassinatos ocorridos nas matas. Em pleno século XXI os assassinatos continuam na Unita e os seus mentores não têm qualquer pejo. Para o presidente da Unita e o seu núcleo restrito, os culpados e mentores da manifestação acima referida foram Zé Pedro Kachiungo e David Mendes este último, acusado de dar bases jurídicas aos manifestantes. Já Pedro Kachiungo é citado como o homem que tudo idealiza e dá dinheiro aos jovens por ter alguma capacidade financeira, decorrente da venda de produtos do campo provenientes da sua fazenda no Huambo, pelo que foi seleccionado como o primeiro a ser abatido à tiro ou com armas brancas.

O assassinato do Deputado está projectado para acontecer na sua própria Fazenda ou nos arredores, com o objectivo de transmitir a ideia de que a morte do visado ocorreu por divergências com os seus trabalhadores ou de ajuste de contas com garimpeiros que fazem a extracção artesanal e ilegal de ouro nas proximidades da fazenda do ex-concorrente a presidência da Unita. Para a execução do macabro plano estão encarregues o Jito Epalanga, João Baptista Rodrigues Vindes, Madaleno Tadeu e Apolo Felino.Referir que Jito Epalanga de nome verdadeiro Jorge Enoc Epalanga é Comissário da Polícia Nacional no activo, mas que abertamente auxilia ACJ em actividades políticas e questões de estratégia de segurança. Não obstante as nossas reiteradas denuncias, os responsáveis da Polícia nada fazem e os jornalistas angolanos também não investigam.

Um dos integrantes do grupo não concorda que se assassine um companheiro, amigo e irmão pelo simples facto de estar em divergências com o Presidente da Unita, questiona-se o que será dele quando divergir com ACJ? Diz ainda que a Unita mal justificou as mortes de Adérito Kandambua, Victorino Nhany, Raúl Danda, Rui Galhardo, Amilcar Colela e outros tantos, faltando dias para as eleições vamos criar mais um foco de revolta matando o Zé? Infelizmente essa narrativa que parece ficção é clara realidade no seio da Unita. Nós vivemos e convivemos com o risco da morte a qualquer momento, principalmente por envenenamento. Muitos dirigentes, hoje não aceitam comer tão pouco beber água em eventos do partido. O curioso é a ocorrência destes eventos numa altura em que a Unita é presidida por alguém de quem se esperava mais modernismo, propenso para a defesa do direito a vida. Mas, não é o que acontece. Nem no tempo de Gato com a Comissão de Gestão e da presidência de Samakuva, a Unita despertou tanto medo.

Por Matondo Fino.

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