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Ex-militantes da UNITA ligam-se às fileiras do MPLA

Pelo menos, 90 ex-militantes da UNITA no município de Ambaca, no Cuanza-Norte, entre jovens e veteranos, renunciaram, na vila de Camabatela, a sua militância ao partido do “Galo Negro” e ingressaram as fileiras do MPLA, por entenderem ser a agremiação política com atributos para a garantia de umas Angola próspera e inclusiva.

Entre os dissidentes destacam-se os antigos secretários municipais local da JURA e LIMA, que foram unânimes em afirmar que sacrificaram esforços e dedicação por uma causa, supostamente inútil e sem princípios concretos para a mudança democrática,  económica e social da nação.

Domingas Vela que militou na UNITA por 30 anos fez saber que vive em plena miséria e que nunca recebeu qualquer apoio do partido em que militava. Diz estar profundamente arrependida por ter perdido a sua juventude por uma causa supérflua e sem qualquer prosperidade.

António Casseco, que respondia pelo secretariado municipal da JURA desde o ano de 2007, considera-se um filho pródigo e diz que apesar de despertar tarde, considera a sua decisão oportuna.

“Considero-me um filho que volta à casa do pai, depois de vários anos de aventura, por isso peço desculpas a minha família e a nação angolana, pela minha decisão precipitada anterior”, disse.

Por sua vez o secretário provincial do MPLA, no Cuanza-Norte, Adriano Mendes de Carvalho, durante a sua intervenção, no acto de massas, realizado no salão desportivo municipal de Ambaca, que marca abertura da pré-campanha eleitoral a nível local, deu as boas vindas, aos dissidentes, tendo ressaltando que o seu partido representa todos angolanos, de Cabinda ao Cunene.

O político considera a adesão dos novos militantes como lufada de ar fresco, para a motivação de outros cidadãos que queiram aderir às fileiras do MPLA. ” O MPLA é um partido que congrega todos os angolanos, por isso estamos de braços abertos para receber todos os irmãos que queiram aderir às suas fileiras”, sublinhou.

Ressaltou a construção de cinco escolas, duas pontes, três postos de saúde e um mercado rural, no município de Ambaca, no âmbito do PIIM, nos últimos dois anos, como demonstração clara do executivo em ver resolvidos os problemas do povo.

Garantiu-se a chegada da energia eléctrica à comuna do Luínga que dista a 25 quilómetros da sede municipal, até Dezembro próximo, de formas a galvanizar o sector agro-pecuário e a indústria de transformação alimentar.

O MPLA possui cerca de 14 mil militantes no município de Ambaca, espalhados em 27 sectores e quatro comunas.

Por: JA

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