Casados sem aliança: ACJ orienta sigilo e rigor na camuflagem da relação entre a UNITA e os REVÚS
Adalberto Costa Júnior não quer símbolos da UNITA em actos de arruaça, e apela que a participação da UNITA nessas actividades seja descaracterizada.
A necessidade de manter o nome do partido fora de questões polémicas ligadas à actos de vandalismo que têm sido realizados por grupos de “activistas” em coordenação com a UNITA, levou a liderança do partido a emitir um COMUNICADO INTERNO com medidas que visam a não revelação da ligação da UNITA com grupos de jovens angolanos, que em coordenação com membros da JURA/UNITA têm realizado manifestações e actos de vandalismo em determinados pontos do país.
Em comunicado interno, datado de 22 de Abril de 2022, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, orientou a criação de medidas que visem camuflar a coordenação que a JURA/UNITA tem com grupos de “activistas revolucionários”, de modo a não manchar o nome do partido em acções de vandalismo.
Foi igualmente revista a forma de financiamento dessas actividades, passando a ser proibida a movimentação de verbas via sistema bancário, de modo a não deixar “rastos” que levariam à revelação da participação da UNITA nessas actividades.
Importa realçar que, apesar do disposto no referido COMUNICADO, os trabalhos de propaganda política para engrandecer a imagem do presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, nas redes sociais, feitos pelos activistas “HITLER SAMUSSUKU” e “DITO DALÍ” tendem a continuar, tendo em conta que a contratação destes não representa qualquer factor de preocupação para a imagem do partido, considerando o facto de os mesmos serem militantes, embora apresentem-se como “activistas”. O ingresso destes dois activistas já havia gerado discórdia entre os membros do autodenominado MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO, sendo que ambos beneficiaram de formações de propaganda política no Brasil e na África do Sul, e mensalmente recebem da liderança da UNITA uma remuneração de 700.000 kz, facto que causou mal-estar entre os activistas angolanos, que viram a entrada dos “companheiros” à UNITA como algo que viola os princípios morais dos activistas no que diz respeito à ligações com partidos políticos.