Rádio Capital atingida por homens armados

Um grupo de homens armados atacou, esta segunda-feira (07), a Rádio Capital, em Bissau, capital da Guiné-Bissau, onde, na semana passada, houve uma tentativa de golpe de Estado, informou à Lusa o director do órgão de informação, Lassana Cassamá.

Um grupo de homens armados atacou hoje a Rádio Capital, na Guiné-Bissau, onde na semana passada houve uma tentativa de golpe de Estado, disse à Lusa o diretor, Lassana Cassamá. Segundo a mesma fonte, a rádio foi atacada “por um grupo de homens armados”, precisando que houve disparos e que tem informações de que o ataque terá provocado dois feridos, mas não avançou mais detalhes.

“Destruíram a rádio de novo”, disse o diretor, referindo que este é o segundo ataque às instalações daquele meio de comunicação social depois de um outro, em 26 de julho de 2020, quando foi destruído praticamente todo o material.

Na altura, a Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou o ataque à rádio, considerada crítica do regime na Guiné-Bissau, como “um ataque à liberdade de imprensa”, levado a cabo por pessoas que “querem instalar a prepotência e o caos na Guiné-Bissau”.

No dia 01 de fevereiro, homens armados atacaram o Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

O ataque causou pelo menos oito mortos, segundo o último balanço do Governo, que reviu em baixa o número de vítimas mortais.

O Presidente considerou tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado que poderá também estar ligada a “gente relacionada com o tráfico de droga”.

O Estado-Maior General das Forças Armadas guineense iniciou, entretanto, uma operação para recolha de mais indícios sobre o ataque, que foi condenado pela comunidade internacional.

Na sequência dos acontecimentos, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou o envio de uma força de apoio à estabilização do país.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, com cerca de dois terços dos 1,8 milhões de habitantes a viverem com menos de um dólar por dia, segundo a ONU.

Por: RNA

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