Nelito Ekuikui, o líder dos arruaceiros

Fixem bem este nome: NELITO da Costa EKuiKui, filho do tenebroso General Beja, ele também o degolador da hoste savimbista, é o executor do plano apocalítico, que visa o derrube do poder político angolano, na rua.

Nelito EKuiKui, o secretário da UNITA em Luanda e deputado à Assembleia Nacional pelo mesmo partido, é o cabecilha de todas as manifestações, barricadas e sequestros na cidade capital, com vista a criar um ambiente de instabilidade no país e provocar revolta popular contra as instituições.

Municiado por Kamalata Numa, o general da UNITA que, após as eleições de 1992, abandonou as Forças Armadas Angolanas para voltar à guerra, o menino EKuiKui é também líder dos avençados das redes sociais, que alvejam todo o indivíduo que teça comentários desfavoráveis ao seu partido e incentivam a rebelião contra a ordem instituída.

Não há nenhuma diferença entre os generais inconsequentes, que, em 1992, promoveram a instabilidade em Luanda e precipitaram o reacender da guerra no país. Isso mesmo: EKuiKui, como o seu chefe, parece reencarnar a alma assassina de Jeremias Chitunda, Elias Salupeto Pena e Alicerce Mango, que, de tanto enfurecer a população de Luanda, acabaram mortos numa barreira, no Sambizanga, quando tentavam abandonar a capital do país, já incendiada pelos soldados a seu mando, para as matas ao encontro do “Marechal”.

EKuiKui está a executar um plano estratégico “bolado” entre Lisboa, Dubai e Luanda, um triângulo que conta com o apoio espiritual dos mentores da Primavera Árabe. Se de Lisboa vem o apoio técnico, do Dubai vem o dinheiro, em forma de crédito a partir de bancos sediados em Luanda, para financiar a execução da estratégia.

Quer os arruaceiros, quer os “ciberactivistas” ao seu serviço não são defensores do desenvolvimento do país nem muito menos são patriotas, como aludem nos seus panfletos. São simples mercenários que buscam, dessa acção desestabilizadora, vantagens materiais e promessas para ocupar cargos no sonhado Governo e lugares no Parlamento.

EKuiKui e os seus mandantes sabem da bondade e da responsabilidade de quem governa que, comprometido com a necessidade de manter a paz e a reconciliação nacional, age com ponderação, numa altura em que o Presidente João Lourenço leva a cabo um programa de promoção de perdão em todo o país.

Para os autores da saga desestabilizadora, o momento é oportuno, na medida em que as autoridades não quererão contrariar as boas intenções do Chefe de Estado.

É nesse espírito que se enquadram as “assanhadices” de Adriano Sapinãla, o filho político de Samuel Chiwale, ao afirmar, sem pejo, que a UNITA é que trouxe a democracia em Angola.

Ele soube que não teria a resposta do MPLA à altura, por este considerar a paz e a reconciliação nacional o bem mais precioso de todos os tempos. Pois, se o MPLA abrir os arquivos e confrontá-los com a afirmação do imberbe que nem sequer sabe de quem é verdadeiro filho (Savimbi fazia de todos os seus generais autênticos Urias), a UNITA recorreria à vitimização evocando a necessidade de preservar a reconciliação nacional.

Mas, como se diz na gíria, paciência tem limites. Se Sapinãla, em nome da unidade e reconciliação nacional, não pôde receber a devida resposta, EKuiKui pode não vir a ter a mesma sorte. Luanda é uma cidade de paz, apesar de a vida ser sempre desafiante nesta grande urbe e acolhedora de todos os povos de Angola. Luanda, não tarda, dirá: basta!

Por : Emanuel Kadiango

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